A violência que assola

Perdemos o espaço público, mas não nos tiraram a obrigação de contribuir   através dos impostos. Quando compramos algo não deixamos de contribuir com o estado, mas ele não nos garante o direito de utiza-lo. Hoje quando compramos um carro temos que fazer um seguro contra roubo,  caso contrario o medo nos sabota a alegria de possuí-lo. 

 Aos poucos estamos nos acostumando com a violência, ficamos felizes quando apenas levam nossos bens e poupam nossas vidas, nos adaptamos a realidade deixando de utilizar o espaço público, evitamos expor nossos utensílios que compramos com o fruto de nosso trabalho por medo de perde-lo. É comum ouvir que “damos mole” e que “a oportunidade faz o ladrão”, essas frases se repetem constantemente a ponto de se tornar uma verdade, sendo assim, nós nos tornamos os “errados” pois o "ladrão apenas responde a seu instinto".

Precisamos atentar para o que estar ocorrendo, pois aos poucos estamos modificando a forma de lidar como ser social, estamos evitando o contato com outras pessoas, estamos gradativamente aceitando perder espaço, não apenas por um fator externo mas também interno. O medo nos paralisa e consequentemente nos limita, o sentimento de insegurança gera impotência frente a violência.

Não imagino que ignorar o fato nos favorecerá, ao contrário, precisamos enfrentar a realidade e exigir nossos direitos de ir e de vir, daí abre-se o espaço para se perguntar, mas como? O interessante é que cada um busque sua própria resposta afim de levantar as prováveis soluções sabendo que na sociedade no qual estamos inseridos somos agentes ativos. Mas o que vemos é o contrário, a expressividade do povo é cada vez menos, enquanto isso resta apenas a esperança e quando resta.

Eliab Xavier

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