Valide sua História

Começarei minha reflexão extraindo uma fala do escritor americano Joseph Bruchac, citado na introdução do livro “HISTÓRIAS SAGRADAS – UMA EXALTAÇÃO DO PODER DE CURA E TRANSFORMAÇÃO.”

“As pessoas muitas vezes se sentem impotentes, sozinhas e amedrontadas. Isso porque suas histórias lhes estão sendo contadas por outra pessoa que diz: Você é estúpido. Você é feio. Você é indesejável. Você é inútil... Assumindo e respeitando nossas verdadeiras histórias desenvolvemos um senso de identidade, de autoestima e de autoridade própria.”

Eu, e mais de mil colegas, acabamos de concluir um curso de formação militar. Por vezes, nós nos deparamos concentrados num mesmo espaço, vestindo o mesmo uniforme, cantando a mesma canção e muitas vezes comendo a mesma comida.

Apesar de termos feitos várias coisas em comum, nos divergimos em vários aspectos. O corpo de aluno era composto por homens e mulheres, vindos de todos os estados brasileiros, com diferentes idades, diferentes culturas, além de: Casados (a), solteiros (a), brancos, negros, pardos, candoblistas, ubandistas, católicos, evangélicos, cardecistas, céticos, entre outros. Não nos diferenciamos apenas nesses aspectos citados, mas principalmente nas histórias de vida de cada um.

Se terminar o curso foi uma grande conquista, isso depende se o validamos ou não. Venho ressaltar nesse momento a importância de validarmos nossas conquistas. Tendemos muitas vezes a naturalizar as coisas, a achar que a história do outro é a melhor, daí corremos o risco de depender da aprovação do outro para sermos felizes.

Guardo comigo o livro “HISTÓRIAS SAGRADAS – UMA EXALTAÇÃO DO PODER DE CURA E TRANSFORMAÇÃO” já há seis anos, isso porque aprendi com ele que vale a pena contar nossas histórias, através dela desenvolvemos um senso de identidade, aumenta nossa autoestima e passamos a ter autoridade própria?

No mesmo livro os autores citam Oren Lyons que diz:

A vida vai continuar
enquanto existir alguém
para cantar, dançar, contar histórias e escutar.

Concluo dizendo que: Se alguém contar minha história, e nela eu apareço insípido, darei minha voz para que a história seja de outra forma contada.

Quanto a você, como é que sua história é contada? Ela é ou não validada?


Eliab Xavier

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