Você tem que...
Vivemos bombardeados
de conselhos, para tudo tem uma resposta definida, tais conselhos muitas vezes chamamos de dicas, orientações ou a coisa certa a
se fazer. Tanto ouvimos como damos dicas,
parece que temos uma necessidade em dar nossas opiniões a cerca de tudo que nos
cerca.
Não estou falando
das orientações de profissionais que são pautadas em métodos científicos, mas
nas corriqueiras. Vivemos tão preocupados com o certo a se fazer que deixamos de
tentar, preferimos ouvir o outro sobre o certo e quando não o procuramos somos criticados
por não procurar. Para o senso comum, para tudo há um modo certo de se fazer as coisas.
Enquanto buscamos
viver em padrões pré-estabelecidos deixamos de ser criativos, deixando de
produzir o novo, passamos a ser "iguais" e ignorar o diferente. Parece que cuidar de nossa vida não é o
suficiente, passamos a olhar para o outro e apontar os erros segundo a nossa
ótica do que seja o correto.
Esse modo de vida
nos impede de lidar com os desiguais, criamos fronteiras simbólicas que nos
separam uns dos outros, e nos impedem de crescermos como pessoa.
Tornamos-nos mais
felizes quando deixamos de fazer julgamentos alheios, somos mais livre e dono
de nossa própria vida quando tentamos algo de modo diferente, e sem sombra de
dúvida aumenta a nossa auto-estima quando assim fazemos.
Uma das coisas por
não tentarmos da nossa forma é o medo de errar e de se expor ao ridículo, como
se fosse possível sermos assertivos em tudo em que fazemos. O perigo de não tentar o novo é não poder
fazer novas descobertas.
Não desejo passar a
idéia que os conselhos são inválidos, mas que vale apena tentar investir naquilo
em que acreditamos e deixar que o outro também possa tentar ao seu modo, sem
que necessariamente tenhamos que dar nossas opiniões. O que seria da sociedade se não nos reinventássemos durante o tempo?
Eliab Xavier
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